Posso dizer que a noticia de hoje, de que o TIC, tinha decidido não acusar o Presidente do FCP e o trio de arbitragem do jogo Estrela da Amadora - Benfica (da época de 2003/2004) nem algumas outras pessoas, de qualquer facto ilícito me deixou surpreso.
A minha surpresa advém do facto de ter ouvido, aquando da leitura publica (em directo na televisão) da decisão de punir o FCP por tentativa de corrupção nesse jogo, efectuada pelo Sr. Presidente do Conselho de Disciplina da Liga, em que referiu que, mesmo sem as escutas, havia matéria e declarações mais do que suficientes para dar os factos como provados.
Então e porque é que o TIC tem uma visão diferente?
Só pode ser por :
- a investigação liderada pela Procuradora Geral Adjunta Maria José Morgado não fez o trabalho de investigação de forma adequada (parece inverosímil porque até se tratou de uma reabertura de um processo já arquivado pelo DIAP) da forma que o CD conseguiu.
- O juíz do TIC do Porto não analisou e valorizou bem os factos que lhe foram entregues para sustentar a acusação (parece-me pouco provável porque costumam valorar de acordo com a acusação que é efectuada).
Desta forma, e como tenho muito mais confiança no modelo de justiça do País do que no dos órgãos desportivos, só pode restar uma opção, muito rebuscada e mesmo improvável:
- que alguém quisesse apresar uma decisão de castigo a tempo de outrem poder vir a tentar jogar a Liga dos Campeões.
Não acredito, mas estou como ao facto de existirem 'bruxas' ....
Assim, só me resta fazer um apelo ao Conselho de Disciplina da Liga para que entregue à procuradora Geral Adjunta todos os factos que tem, e parece que a Policia Judiciária não conseguiu reunir, resultantes da investigação que fez, e que possam levar a uma nova reabertura do processo, levada a julgamento e posterior condenação.
De outro modo já deixaram o Conselho de Justiça da Federação em maus lençóis bem como o Sr. Platini (Presidente da UEFA).