Tenho lido e ouvido de quase todos os economistas falarem sobre a importância do Orçamento e Estado de 2010 para o nosso futuro colectivo, mesmo quase como País independente.
Pelo meu entendimento o problema já não está só no manter o défice nos valores do PEC (Pacto de Estabilidade e Crescimento) mas sim em criar condições para a redução da divida publica, sua amortização e redução dos custos da divida a curto/médio prazo.
Fazer isso ao mesmo tempo que se dinamiza a economia parece fácil mas é muito difícil e envolve um conjunto de variáveis difíceis de 'dominar' e com grande margem de insucesso.
Tudo aponta que é isto que tenhamos de fazer nos próximos anos e que o marcar do caminho é já.
Vai exigir sacrifícios, os que não quisemos fazer até agora, e redução de muitos aspectos que consideramos, ainda, tabu ou direitos adquiridos, mas .... ou deixamos que os sacrifícios recaiam nos nossos filhos e netos que ainda não podem votar e escolher o seu destino. Vamos impor-lhes o destino que queremos.
Para atingir a meta que parece consensual há que fazer cortes de despesa nas rubricas que mais oneram a sociedade : saúde, educação, etc.... e isso vai gerar um grande conflito social. Esperemos que os partidos estejam à altura deste desafio ou teremos uma alteração do regime que será inevitável.